quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Sinto Falta...


Sinto falta da infância, tempo bom aquele.


Sinto falta da inoscência da criança que fui um dia e que hoje deixa recordações.



Sinto falta da época em que tudo era bonito, o mundo não era tão complicado, tudo era colorido e motivo de se questionar os adultos porque não se entendia uma frase colocada como insulto ou duplo sentido e os adultos para não responderem ou achavam que aquilo não era assunto para criança então respondiam: "Um dia quando você crescer você vai entender."



Sinto falta dos natais que passávamos na casa do nôno e da nôna. De quando íamos passar o dia lá e brincava com o Lobo e a Mila (os cães que eles tinham. Ah! Como eu gostava e brincar de cavalinho com o Lobo). Quando pequena eles pareciam tão grandões, dois gigantes



Sinto falta também do tempo que viajava para casa da vovó no Paraná, chácara boa. Adorava brincar nos dias de chuva na lama (era aquela lama vermelha, que não saia de jeito nenhum), amava apostar corrida nas ladeiras de pedras com os carrinhos de rolimã que fazíamos, era um capote atrás do outro (risos).



Ah! Não podia deixar de sentir falta também dos pés e braços trincados, torcidos e quebrados (perdi a conta de quantas vezes aconteceu isso). Quando se falava em férias se falava também em Carol indo viajar ou voltando engessada, não tinha férias que não quebrasse algo.


Sinto falta das brincadeiras de rua, de poder ficar até tarde brincando na rua durante as férias. De brincar de esconde-esconde, polícia e ladrão, pular corda, jogar futebol, jogar taco, volei, video game.


Sinto falta do tempo que não precisava me preocupar com trabalho, não tinha divdas, não tinha que encarar chefe mal humorado. A única preocupação era como ia mostrar os cadernos para os pais, sendo que tinha vários bilhetes da professora falando que você não tinha feito a lição de casa.


Então como num passe de mágica tudo isso vai ficando somente na lembrança, você vai crescendo, amadurecendo. Vai conhecendo novas pessoas, surgem novos amores, novas paixões, as responsabilidades vão aumentando e as coisas boas da infância vão se perdendo em meio a um turbilhão de pensamentos, emoções e experiências novas.


Talvez se tivesse a oportunidade de voltar no tempo, voltaria para o tempo de criança.

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